2.7.13

é mad max mesmo

de novo aquela sensação de louca, para sempre louca, porém horrivelmente bela.

sozinho em casa, sigo através dos cômodos em busca de bitucas de cigarros fumáveis. mas eu não me transformei numa pessoa difícil, é só o mundo que me entende menos. a minha intolerância é congênita. a realidade das coisas e  das pessoas só te desestimula. ou melhor, me desestimula pra caralho.

mais uma vez caio na previsibilidade das insatisfações. virginiano tremule. carne trêmula. almodóvar que não se manifesta.

hoje fui sozinho ver a exposição do leonilson e me deparei com a seguinte frase que me confortou o coração: “As pessoas estão com medo da economia, com medo das pestes, com medo de se botar para fora – porque é Mad Max mesmo. Se você faz uma poesia, você é tido por babaca. Se você é honesto, você é babaca. Se você acredita em Deus, você é babaca.”

até agora, como fui babaca, dear lord...

não perdoo a injustiça do mundo, não perdoo a minha própria injustiça. encolho as asas, releio o poema 5 do “abra os olhos e diga ah!” do piva e encaro os meandros do destino.


aí sentei sozinho num bar, pedi uma cerveja, cruzei as pernas, planejei a papelada do divórcio.

3 comentários:

  1. É Mad Max mesmo e eu nem tenho um Mel Gibson para chamar de meu, desestimula pra caralho.

    ResponderExcluir
  2. nossa, mas eu sou muito babaca; ultimamente inclusive, me dei conta (no inglês é mais legal: became aware of) de que as pessoas são mais babacas que eu.

    às vezes cerveja ajuda.

    ResponderExcluir