Baby,
De galho em galho
preciso entender as referências diretas.
Quem me culpa, insiste em procurar dados biográficos nos textos, nas
palavrinhas de mera salvação. No fundo do poço a amiga sente identificação com
as perdas, ou na melhor das tentativas, num carinho para chamar de seu. Uma
louca, em plena mesa de bar, me abordou e disse que eu precisava “sair do
armário intelectualmente”.
Tenho chorado aos
poucos e descumprido o ritmo das tragédias. De quebra, me fisgam para conselhos
amorosos quando sou a pessoa mais mal amada do mundo nesse quesito. Não contei
que eu havia perdido o prêmio num jogo de cartas marcadas. Eu deveria ter
esquecido que às quintas o peito toma ar de fera e destroça a decoração simples
do quarto. Nem sempre o tempo necessário pra tanta dor de cotovelo e revolta. É
que parti sem você mais uma vez.
Eu, que havia
inventado meu próprio jogo, imaginei que tudo fosse uma questão de ordem.
Silly boy.
Silly boy.