26.12.12

#todosvamosmorrermesmo a.k.a schopenhauer estava certíssimo



"Live or die, but don´t poison everything"
Anne Sexton

Oi, tudo bem?
Meu nome é Antônio e eu sou uma pessoa neurótica.
2013 prestes a dar o ar de sua graça e eu utilizo todos os clichês dos livros de autoajuda em busca de uma salvação de merda em meio às bizarrices do mundo, do Brasil, da minha cidade, do meu cu.
Como todas as pessoas mal resolvidas, frustradas e mal amadas, espero que o ano que se aproxima seja diferente.
Mesmo.
O mundo não acabou e chegou a hora de dar fôlego às minhas verdades pessoais e intransferíveis, aos meus sonhos.
Lindo, né?
É que mais uma vez me posiciono diante do espelho e tento me decifrar, me livrar das barras, das merdinhas, das sabotagens, dos truques, das mentiras.
Mas como consolo, tenho ao meu lado amigos que realmente se importam, cúmplices que num momento de fossa, cantariam I´ll Be There pra mim – na voz do Michael Jackson ou da Mariah Carey, no caso.
Os anos passam rápidos demais e a Pollyanna aqui se transformou num gato escaldado de rua.
Parei com o MIMIMI de desocupado e a real é essa: eu não sou obrigado a ser vítima de mim mesmo, muito menos dos outros.
Surtei.
Antes eu estava tão fufys, hoje estou tão tity – (fufys: fofo, tity: triste).
E por mais que algumas pessoas não acreditem ou finjam não acreditar, eu sou uma pessoa que escreve, então me livro dos fantasmas revelando o meu estado de espírito aos queridos leitores desse humilde blog (e que não são poucos).
Então é isso, 2013 será o ano do EU em 1º lugar. Danem-se os monstros.
A vibe obsessão, terror & glória se inicia com mais força e o feeling da impenetrabilidade nunca fez tanto sentido – o que me leva a crer que Schopenhauer foi a pessoa mais sensata do mundo.
My name is Anne and I got a plan: eu e meus livros, meus textos, meu livro que estou escrevendo, meus filmes, meu quarto, meus amigos, meus drinks e o maior êxtase que é poder ser eu mesmo.

16.12.12

desabrochamos contra o caos de nós mesmos em busca de uma glória tão íntima (que possa ser lapidada).

Eu me pergunto. Ah, como eu me pergunto. Mas às vezes não me ouço, não reflito sobre as pedras, a construção que se desmorona. Aos domingos meu coração paira num limbo entre o fogo e a desorganização dos objetos sobre a mesa, o quarto que me espreita quando quem amo ou odeio se manifesta num pensamento. Mas o resumo da ópera é que a vida não é fácil. Impossível não utilizar os clichês que afirmam que tudo é luta, que o ser humano é também a pior das espécies. E enquanto isso todos nós acordamos, tentamos desvendar o vazio. Desabrochamos contra o caos de nós mesmos em busca de uma glória tão íntima (que possa ser lapidada). E assim cada amor guardado no peito se resume ao luxo de ser quem você é diante do mundo. Aí imagino pequenas vitórias e alegrias guardadas na manga. O recomeço. O sorriso que não mente.

2.12.12

buraco de alice



em qualquer lado
o equilátero é o mundo
onde me persigo contra você

ao meu alcance de nódoas
nós
vacinas
listas
e o final da entrega ao telefone

num palco de plumas
a ultima cilada no buraco de Alice
do coelho
de joelhos
em nada há de soar maravilhas.