O destino compensa, triste desencanto diante das possibilidades. Em desacordo com o que eu havia planejado, um silêncio mortal tomou as rédeas. Desisti por um tempo de narrar, sob uma perspectiva pós-moderna, os relatos e constatações das amigas Tangerine e Clementine. Estávamos num café enquanto eu tomava nota de todos os podres e atos pitorescos dos homens sem um pingo de sex appeal. Segundo elas, a cantada ao pé da orelha se resume ao transtorno que é ser invadida durante abraços sem pegada, beijos sem sal, descontroles da ereção. Clementine é comprometida, o que lhe garante o viés de fina observadora. Já Tangerine, ela é neurótica como eu.
Sumi por um tempo do meu contato diário com F. Nossos e-mails são remédios de tarja preta que amenizam as recaídas das dores. Refletimos (ele, de Madri, eu, de Fortaleza) sobre o porquê das ciladas. Mas hoje prestarei contas da salvação momentânea, no caso.
Joana Rosa K fortalece o andar aos barrancos. Temos projetos literários, ela será minha editora, além da alegria em sabê-la como primeira fiel grande leitora. Joana profetiza um enorme sol diante da noite sem estrelas. (Os detalhes do nosso night out é segredo, coisas simples, porém secretas).
Lady Lazarus na botecagem de terça, não compareci por desajuste, muito o que fazer, pensar, tricotar, refletir, blá blá blá.
Enquanto isso, Lalheska Lanvin me estupra um sorriso numa de suas entrevistas, quando ela pergunta: "E as influências? Além das experiências extraterrestres".