27.7.12

27 de julho de 2012


falando você sobre um pratinho de sopa e eu não te reconhecendo enquanto me balançava naquela rede, escrevendo o texto que eu enterraria no pé do muro. acordando, inclusive, para viver a vida, me refazendo no discurso que antecede a festa do poder do aço. meu plano traçado. ação. 100 dicas frequentes sobre a masturbação. sangue no olho durante o horário comercial, aqui, onde o sol é inferninho, limbo das putas e gaivotas de plantão. e eu me canso sem pestanejar, aurora, deixo as drogas e as samambaias sob os pés. destilo você morto na estrada. enterro a porra da memória.

18.7.12

style

preciso pensar 2x antes que eu me parta ao meio na noite onde cães são humanos & churrascarias são palácios de buckingham.

9.7.12

make no olho



aos bons dias aquele abraço apertado & uns gatos pingados ao redor cantando a melodia do inferno, pois somente eu, sucessivamente, desligo o telefone em acessos de raiva contra meu baby que ainda dorme quando a razão soou como ampulheta.
mais 3 mortes enfileiradas no currículo. ao encerrar a luz você explodiu de volta, me fez desistir dos diamantes no concreto. mas é que às segundas eu não estou aqui. em momento algum foi necessário chá das 5, filme do bergman ou fratura exposta.
deixei de lado a reforma da casa, a decoração do banheiro para acordar na terça-feira com um arco & flecha na ponta dos dedos. o melhor amigo do momento me confidenciou pequenas guerras, quase que revoluções que nem sequer duram 2 meses.
aí não perdi tempo. parei de beber & me desorganizei visualmente. do quinto andar, qualquer corpo reluzente é do tamanho da pedra que me cercou no 1º ato do meu drama.
no chuveiro, confirmei as suspeitas minutos antes de me embasbacar bruscamente contra os azulejos da salvação.

Imagem: Gillian Lambert