24.7.14

OUÇA

Das pequenas coisas que a gente vive e revive, sem nada de porquês, por exemplo. Ou como buscar paz em qualquer esquina e fumar um cigarro, de boa. Ou a alegria das coisas bobas ou triviais que acontecem no momento certo, quando você cumpre a rotina, quando chega em casa cansado após um dia produtivo ou não, quando deita a cabeça no travesseiro e se vê longe das ironias, dos desvios de conduta. Quem sabe isso é um tipo de autoajuda sem necessidade de livro, ou de ouvido amigo que na verdade nem é tão ouvido assim. É o jeito de desmascarar a crueza dos fatos sem muita pompa ou drama. Não é um pesadelo soar anacrônico, indeterminado, calado na hora errada. Proibido seria você deixar de ser a pessoa que merece um oi numa boate lotada.

4 comentários:

  1. A paz da banalidade é melhor que qualquer lançamento do Augusto Cury. Esse texto me lembrou uma frase que gosto muito (e que me serve de auto-ajuda), do prefácio do Diários de Jack Kerouac "Procurar a santidade no mundano, Deus em si mesmos e a beleza em qualquer caco de vidro na estrada."

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  2. querida, citação anotada na alma. besos!

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  3. Oi coisa simples e fácil que nos devolve um sorriso.
    Deitar com tranquilidade do dever cumprido.
    Toda a nossa vida é feita de pequenos nadas.

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