12.12.13

DAS POSSIBILIDADES DA SOLIDÃO

A gente se identifica, então a gente ama. E tenho sido cúmplice dessa solidão moderna, doméstica, e que aos poucos, arranca pedaço e a gente nem percebe. Penso no livro, no mês de janeiro, no meu dente convalescente, nos antibióticos, no novo caderno onde escrevo meus poemas que são lindos, pois você e eu precisamos acreditar em alguma coisa. Além disso, tenho lido bastante, me encantado com Budapeste do Chico Buarque (apesar dos anos de atraso), Macau do Paulo Henriques Britto, e ao mesmo tempo feliz com as possibilidades reais e irreais da vida. Penso também numa viagem, mas o destino não tenho certeza.  Ouço muito Team e Tennis Court da Lorde. Às vezes eu me sinto um personagem fatídico de Raymond Radiguet, pois acredito muito nessa espécie de autoficção a toda prova. Então eu te pergunto, citando trecho de “O baile do conde d´Orgel”: “Os movimentos de um coração como o da condessa d´Orgel serão antiquados?”

7 comentários:

  1. ''e ao mesmo tempo feliz com as possibilidades reais e irreais da vida.''
    vc é uma pessoa incrivel mesmo.

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  2. o baile e a possibilidade de solidão, de perfeição
    o terror e a obsessão.
    o horror e a obrigação.

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  3. Talvez pensamentos antiquados não nos façam piores nem melhores que os outros, ama apenas únicos, muito provavelmente eternos em meio a tanta efemeridade.
    Budapeste é um livro maravilhoso. Te perdoo pelo atraso :)
    Beijão.

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  4. acho que tenho me matado aos poucos nessa solidão doméstica. sem grandes efeitos, sem grandes acontecimentos.

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  5. Olá Antônio! Momentos de solidão às vezes são necessários para que possamos concatenar as ideias.

    Passando para te cumprimentar e, especialmente, para te desejar um excelente Natal e um magnífico 2014, repleto de muito amor, paz, saúde, felicidades e realizações, extensivo a todos os teus familiares.

    Abraços e fiques com Deus.

    Furtado.

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  6. Ah, Antônio...
    Já te leio, pensando em ler de novo.

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