30.3.13

The Future


The Future é o segundo longa da escritora, atriz, roteirista, performer, diretora e artista Miranda July. É incrível, mas ela é um talento ambulante disposta a transformar as coisas mais simples em arte. O filme é uma produção entre Alemanha e Estados Unidos que estreou em 2011 no Festival de Sundance, e também concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim. 

Mesmo não sendo tão aclamado quanto sua primeira incursão no cinema como mente pensante por trás do roteiro, direção e atuação; Eu, Você e Todos Nós (Me, You and Everyone We Know) de 2005, também garantiu à Miranda o crédito de talento indie do cinema contemporâneo.


The Future conta a história de um casal, Sophie (Miranda July) e Jason (Hamish Linklater), que adota um gato de rua com a pata machucada. O ato de adoção soa como uma espécie de analogia entre animal e relação amorosa, ambas enfermas. Enquanto o animal se recupera numa clínica veterinária, os dois buscam uma fórmula, nitidamente inconsciente, de reafirmarem suas posições no mundo como duas pessoas que devem ou não manter seus laços de união.

Os dois personagens principais também convivem com dramas existenciais recorrentes, com a ideia de que, aos 30 anos, eles não possuam tempo e espaço suficientes para a realização de seus objetivos artísticos e pessoais. O que não é verdade.

O próprio título do filme idealiza o que está por vir, independente de qualquer ação planejada. Sophie e Jason tomam para si a perspectiva e o terror de que o futuro dominará suas vidas sem qualquer escolha; porém ambos não são vítimas do acaso e sofrem as consequências de suas atitudes. Como nós, pobres mortais. 

16 comentários:

  1. ah que indicação amor. assisti daquela vez tiny furniture e quase morri, obvio que vou procurar pra djá esse filme <3

    :*

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    1. Super recomendo esse filme. Acho que tem muito a ver com o Tiny Furniture, como se fossem farinha do mesmo saco. Recomento assistir in a row.

      Beijo.

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  2. "um gato de rua com a pata machucada"
    sensacional analogia.
    na maior parte das vezes, quando iniciamos um relacionamento, somos gatos de rua, com nossas patas machucadas de tanto dar "patada" em relacionamentos anteriores.
    o que eu acho que não é correto: relacionamentos bons, mesmo, são aqueles que começam quando nós mesmos nos sentimos inteiros, quando nos bastamos, quando as nossas patas estão saradas e quando nos retiramos da rua da amargura.
    assim que eu me deparar com esse filme, certamente irei assistir. gostei!

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    1. Sandra, o filme vale muito a pena. Indico, principalmente em dias calmos, quando você está sozinho e de boa em casa. ;)

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  3. Muito boa a sinopse, assistirei com certeza, perfeita analogia! Grande abraço e sucesso!

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  4. eu fiquei chateado com o gatinho. e a performance de dança contemps é massa!

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  5. Já assisti esse filme. Bela indicação!

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  6. Boa dica para compartilhar comigo dramas existenciais.

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  7. gente, assistam, vale muito a pena. a equipe do o impenetrável indica. ;)

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  8. Antonio, fico feliz que tenha gostado do blog. E acho ótimo conhecer belos blogs como o seu através dele. Valeu!

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  9. Caralho, Antônio! Esse vai pra lista que eu preciso MESMO assistir assim que folgar!

    Obrigada.

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    1. Letícia, se eu pudesse juntar dois filmes que se complementam, seriam the future e tiny furniture.

      se puder, depois me fala o que achou. ;)

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  10. adorei a metáfora do gato. quer coisa mais hipster que isso?

    fiquei curiosa!

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