9.5.11

primeira locomoção rumo ao poente (ou) o menino há de dançar

o menino dança & my black coffee is cold outside.
telefonemas difíceis, qualquer vestígio de boca aberta é mera coincidência.
você insinua performances involuntárias, aquele ar blasé misturado aos traços desiguais do rosto, no caso.
as missivas jazem no baú onde nunca dei umas fuçadas. só perco o respeito (& a educação) quando a curiosidade é maior que o meu desconforto. aqui tudo é mato, livros nas estantes - como olhos de coruja que conspira, vertiginosa.

a vida na fazenda não é fácil, com a morte de sofia as empregadas caem na dança, sou o único a ter os ouvidos maiores que a boca. o casarão em si é sombrio, tapetes por todos os lados, escuridão em pleno agreste mundano. se pudesse, levaria comigo a herança.

muito dinheiro compraria todos os resquícios de humanidade, acredite.
ele pôs os objetos recém arrumados sobre a mesa. penso, com prazer, em eventuais desordens radicais.
a história do homem livre me é complicada. eles não venceram.
o homem boca de nossos dentes arranca a própria mandíbula numa manifestação simbólica
ou a vontade de não estar aqui a prolongar este jogo.

2 comentários:

  1. Gosto da poesia que há em seus posts.

    Tá linkado no On The Rocks.

    Abs

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  2. por mais que eu queira falar do cotidiano, a recorrência poética não me deixa em paz.

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