Eu
não sei vocês, mas eu tenho o hábito, ou melhor, o vício de me projetar em
filmes, livros, pessoas, situações e dramas. Como pobre mortal, acho que essa é
uma forma de encarar melhor a realidade e tornar a vida mais, digamos, vivível.
Há
meses, procurei desesperadamente por filmes onde eu pudesse ter um real senso
de identificação. O primeiro deles foi Tiny
Furniture (EUA, 2010) da Lena Dunham (já escrevi sobre ele no blog).
Então
saí numa caçada em busca de histórias mais ou menos com a mesma temática: jovens
de vinte e tantos anos que não sabem o que fazer de suas vidas, outsiders contemporâneos
sem nenhum glamour, solitários diante do mundo-cão que exige que você seja isso
ou aquilo.
Além
de Tiny Furniture, a grande satisfação de 2013 foi Frances Ha (EUA, 2013), e por último, Oh Boy (Alemanha, 2012) que assisti na noite de Natal.
Esses
são três bons exemplos que retratam a “geração que não deu certo” na visão de
jovens cineastas sob a perspectiva da falta
de esperança e motivação, ou de pessoas que sucumbem à ausência de
problemas verdadeiramente sérios e dramáticos. Tudo gira em torno da relação
entre os indivíduos e os famosos dilemas pessoais.
As
narrativas em si são simples, e o que mais me chamou a atenção foi a despretensão
no desenrolar dos fatos, pois em momento algum o gênero “filme cabeça” cai como
uma luva.
Super
recomendo para dias de solidão em casa, feriadões, ou quando você quiser se livrar do mundo por algumas horas.
Quando você indicou Tiny Furniture não achei para baixar aí fiz uma conta no netflix que tava em promoção de 30 dias de graça e assisti e depois exclui a conta haha, sou dessas. Achei genial, super identificável e me apaixonei pela Lena, depois fiquei procurando por filmes com roteiros mais crus/realistas, e comecei uma saga pelos primeiros do Woody Allen e quando Frances Ha saiu, morri de amor. Ainda não assisti Oh Boy, mas vou procurar e até o fim desse ano, verei. Suas dicas são preciosas ;)
ResponderExcluir;*
Frances Ha é amor puro, eu gostei muito, me identifiquei demais também.
ResponderExcluirFica aqui uma sugestão: Azul é a cor Mais Quente. é mais ou menos parecido com a construção dessa perspectiva de vinte e poucos anos, embora o filme passe pela adolescência e parte da vida adulta de uma mulher. Duas mulheres, sendo mais clara.
E acho que o filme tem tudo a ver contigo também.
Abraços.
Acho que o meu comentário sumiu o_o
ResponderExcluirlinda seleção, antônio!
ResponderExcluirEu gosto muito de filmes que abordam esses temas. Drama é o gênero que mais gosto, porque chega mais próximo da realidade. Não assisti nenhum desses filmes, mas já listei os três no filmow. rs
ResponderExcluirBeijos
Com certeza eu irei assistir esses filme, eu me sinto como esses jovens, cercada de um mundo cão, maldito e terrível. Ilha de pedra.
ResponderExcluirDe repente, vejo-me aqui sem rumo, perspectivas, motivações...de blog a blog, de textos a textos tentando encontrar algo que eu não sei, mas que às vezes me faz sorrir e me esquecer dessa minha crise hiperbólica.
ResponderExcluirSeu blog tem algo dessa desconhecida leveza do ser e, como cinéfilo inveterado, pretendo ver esses filmes sobre mim e tantos outros
http://leigopoeta.blogspot.com.br/
Abraço