Plantei o erro, parti o erro, eu sou o erro.
Tragicomédia cósmica.
A reticência da mente inclusive nos olhos, no aperto de mão,
o coração saltitando em mesa de bar.
Solidão que me afundou nas drogas.
Eu quero sair daqui. Eu preciso sair daqui.
Você controla vida ferrenha, não falo grosso, qual é mesmo o
nome?
Invento detalhes a favor do drama.
Um lindo dia até que a noite nos abocanhe, quem sabe, mais
uma vez, para sempre.
It seems
like I´m on my way to Sarajevo.
It seems
like I need something to die for.
Preciso embasbacar as teorias da vida com você cada vez mais
distante.
É nessas horas que o poema “Gods” de Anne Sexton me tatua a
vida, pois meu nome não é Anne e eu tenho um plano.
O precipício sempre mais perto. A lua das recusas.
Eu como quem tripudia do diabo em dia santo – enquanto os
santos me observam sem esperança.
Três tigres tristes – paixão.
Andorinha para o cu dos renegados.
Um mero nome que se rasga na carne, costela de porco, asas
de avestruz.
Eu não me importo com a cadência de opiniões do meu
quarteirão, pois não somos nada; supostos escritores.
E olhe que nem hei de citar os publicitários de merda.
Você sonolento, descolorindo as atenções, chamando a atenção
do trânsito e dos monstros.
Eu me alimentando de chuchus e farras.
O dealer
por perto (my man is not by my side).
Cortina transitória, os inimigos pagando o preço.
10 de
setembro de 2012.
I didn´t
mean to hurt myself in front of others.
Dormir tardes e manhãs para não enxergar a vida. O osso
preso aos dentes, cada hora intoxicada. Mas hoje eu não quero morrer – apenas me
distanciar concretamente das dores.
Eu me sinto totalmente desestruturado emocionalmente e você,
bobo da corte, não há de identificar os detalhes, pois tudo se trata do vosso
desinteresse.
Eu me deito e descanso até que a morte nos separe. Cruzo os
dedos numa altivez de unicórnio.