Mas
sempre acabo em teus braços do jeito que você quer
– só que sempre ao contrário. Aí você está num bar super mal resolvido
sexualmente e afetivamente e se depara com dois, três, quatro casaizinhos esteticamente
incorretos e aparentemente felizes – afinal existe uma linha muito tênue entre
felicidade e cerveja, por isso não vou forçar a barra. Então você marca um
encontro com o suposto amor da sua puta vida em pleno final de semana do
absurdo. Coitada, a gata está equivocadíssima. Mas como se não bastasse, você mantém
aquele ar in extremis dos falsos profetas, fala muita merda, conspira a favor
da autosabotagem e no dia seguinte corre pro banheiro pra vomitar sua humilde
existência. Ficção pouca é bobagem. A vidinha anda insossa, eu não desgrudo do
computador, eu gasto meus pobres míseros trocados demais, eu busco muito um
filme sobre a realidade estagnada da vida na perspectiva de jovens como nós em
pleno século XXI. Passo horas ao telefone decifrando pequenos dramas que se
perdem no espaço. Ando perdido no lance cósmico e real da coisa. Aí o carinha
disse que temos uma história, mas nossa história é para um futuro não tão
próximo assim. Inclusive todos os meus brindes serão dedicados ao futuro. Mas
eu me sinto horrivelmente belo.
Você escreve muito bem. Sei lá, tem algumas tiradas no seu texto, como o lance da cerveja e marcar um encontro com o suposto amor da sua puta vida, que em especial, são muito interessantes. Mas eu já devo ter dito milhões de vezes que você escreve bem.
ResponderExcluirTanto em comum...
ResponderExcluirSeus textos são extremamente reflexivos, honestos, e em algumas passagens, ainda me arrancam sorrisos humorados. Sim, todos os meus brindes são dedicados ao futuro. E o presente, um vazio?
ResponderExcluirVocê como sempre muito cômico! Adoro muito o modo como escreve e a foto do Roberto mandou muito bem também! hahaha!
ResponderExcluirbeijos :*
Incrivelmente sujo, e só pelo ponto de vista de quem sente e fala e escreve: poético.
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