I don´t know you anymore from the bottom of my heart. Cair
descalço na escuridão é um galho. Morrer de sede é uma afronta contra você
mesmo. Eu ando em círculos, atendo o telefone, eu bebo o achocolatado do medo. Penso
dois milênios em como se desapegar das pedras e dos cristais por todos os
lados. Mexeu comigo, mexeu com o diabo. Você aí, segura nos bolsos os recursos
que eu queria manter. A noite se transformou numa gata rodopiando aquele circo
de quinta onde você também é um palhaço, o auto-reflexo do espelho. Um texugo
verbalizando conselhos atômicos. Então let´s get out of here por um minuto apenas.
Eu deixei que a boca se transformasse num véu onde as verdades foram inventadas
ao acaso. Dizem por aí que eu me transformei numa dona-de-casa sem escrúpulos. Mas
por bastante tempo, o impulso sexual de Klauss (monstro cheio de detalhes) foi
digno de nota nas rodas comportamentais – afinal a intelectualidade das caras é
ninho de ouro em terra de ninguém. Você não deveria ser a pessoa mais
comprometida do planeta. Você não deveria ficar de quatro esperando o
preenchimento das dúvidas. Morro de vergonha destes tempos. Carinha de anjo
enquanto brincamos no inferno, pois rasgamos infinitamente os livros de
autoajuda em busca de algo mais. Uma xoxota universal proferindo o caos, a
vergonha das pernas, o jantar que não foi especial. Num campo de girassóis e hortênsias
sujas de merda, eu também pago o preço bancando o otário, o sujo, o
desestruturado emocionalmente. Na verdade eu nunca quis cartas de afeto, e sim es-tru-tu-ra.
Eu me encontrei, velha e louca, dançando balé sobre todos os túmulos, inclusive
os meus. Dramalhão de quinta onde os cegos são instrutores na queda livre.
Imagem: Steven Russell Black
Cara, que bárbaro!
ResponderExcluirIdentificamos-nus, pois.
Prazer, prazer... seja e se achegue bem-vindo.
Eu voltarei por aqui, por mim.
facebook.com/gowilliam o/
Antonio, O Salvador Dali dos versos. Que viagem entre imagens e estímulos!
ResponderExcluiradorei que esse texto começa com uma linguagem totalmente diferente da que termina.
ResponderExcluirO importante é ser quem você é de verdade e não ter vergonha de nada do que gosta, por mais insano que possa parecer,o mundo é uma grane hipocrisia.
Porra, muito bom! Sem nenhum lugar-comum ou clichê. Fui arrebatado com o "bebo o achocolatado do medo".
ResponderExcluir"Uma xoxota universal proferindo o caos" - eu queria ter escrito isso. Abração. Tadeu S.
ResponderExcluiru-a-u
ResponderExcluir'Morro de vergonha destes tempos. Carinha de anjo enquanto brincamos no inferno, pois rasgamos infinitamente os livros de autoajuda em busca de algo mais' - adorei isso, alíás, ler este blog é um evento, uma experiência, é só prazer na leitura.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.