Eu não poderia deixar passar em branco mais uma obsessão do
meu leque de obsessões: Tiny Furniture
– primeiro longa de Lena Dunham (atriz
principal, roteirista e diretora da série Girls).
Incrível, pois Lena atua, escreve e dirige as próprias
produções.
Até então, Girls
foi o grande highlight do ano pra mim, pois sou o tipo de pessoa que precisa
manter um alto nível de identificação, principalmente com filmes, álbuns,
pessoas... E Tiny Furniture supriu
qualquer expectativa rala que eu tivesse (afinal, expectativa maior que a boca,
olhos e coração é algo que realmente não recomendo, sequer, ao meu pior
inimigo).
O filme é sobre Aura,
que volta a viver com a mãe e irmã em Nova York depois de ter se formado em
Teoria Cinematográfica e ter sido abandonada pelo namorado. Os papeis de mãe e irmã são interpretados pela
própria mãe e irmã de Lena Dunham (Laurie Simmons e Grace Dunham).
Tiny Furniture trata da solidão do ser humano sem
qualquer pieguice ou melodrama. É um filme simples, que expõe de forma sutil a
escassez de comunicação, os laços que dissolvem o contato entre indivíduos.
Aura simplesmente vive os seus dias numa busca por aceitação, anulando-se como
a resposta que ela precisa para seguir em frente.
O filme já faz parte do meu top 10 de filmes da vida.
Incrível como uma boa ideia na cabeça, por mais que simples, faz a diferença. Tiny Furniture é uma espécie de
ilustração que retrata pessoas como nós, gente que trabalha, estuda, tenta um
lugar ao sol, busca uma forma de se expressar diante do mundo, do amor, das
frustrações.
Aura é obrigada a se contentar com um diploma sem
serventia, com a pressão da mãe (fotógrafa e bem sucedida) e irmã (adolescente
prodígio), com seu hamster de estimação que de repente morre, com a melhor
amiga que finge que o tempo não passou e que a amizade continua a mesma, com um
trabalho mal pago de hostess num restaurante, e com seu vídeo artístico que
atingiu 400 hits no YouTube. Além da ausência do amor e das supostas paixões imaginadas.
Aura vive e sobrevive as barras da vida. Super recomendo
com 5 estrelas impenetráveis.
(Tiny Furniture, EUA, 98 min.)
a honestidade da Lena me deixa às vezes um tanto desconfortável. porque às vezes, só às vezes eu não quero lidar com a realidade HAHA. mas nossa, coisa linda essa mulher. e eu adoro essa coisa auto-suficiente dela. e esse tapa na cara da sociedade que ela dá, de ser gordinha/sem atrativos e beleza gritantes, mas ter uma puta cabeça genial e finalmente ter feito um canal comprar a ideia de jovens-adultos com problemas e vidas reais. LenaLinda! sem mais.
ResponderExcluirsenti saudade daqui. <3
beijo querido.
senti que ela era como eu quando eu li: "Aura é obrigada a se contentar com um diploma sem serventia, com a pressão da mãe (fotógrafa e bem sucedida) e irmã (adolescente prodígio), com seu hamster de estimação que de repente morre, com a melhor amiga que finge que o tempo não passou e que a amizade continua a mesma, com um trabalho mal pago de hostess num restaurante, e com seu vídeo artístico que atingiu 400 hits no YouTube. Além da ausência do amor e das supostas paixões imaginadas."
ResponderExcluirpodemos marcar a sessão na minha casa essa semana?
Sandra, estou completamente obcecado por esse filme, seria uma maravilha se assistíssemos juntos. :)
ExcluirAssisti esses dias e também gostei muito. Muita realidade o olhar dela sobre as coisas, tanto nesse filme como em Girls. Não tem como não amar, né?
ResponderExcluirFiquei muito afim de ver.
ResponderExcluirAdoro Girls e me identifico muito também, principalmente com a personagem de Lena Dunham.
Do jeito que vc descreveu, esse filme parece uma extensão do seriado (bom, mais ou menos), no sentido de que é um filme simples e sem pieguice e melodrama :)
Na verdade o filme lembra muito a série, sendo que a Hannah é mais louquinha e inconsequente. Já a Aura do Tiny Furniture possui uma postura mais "séria" diante da realidade.
ExcluirVale super a pena e indico.
agora estou curiosíssima pra ver! eu adorei girls, adorei a atuação dela... e nem sabia que ela era a roteirista e diretora, hein. incrível! muito obrigada pela dica!
ResponderExcluirOlá querido.
ResponderExcluirvenho agradecer de coração teu comentário em meu blog e dizer que você está de parabéns com este blog aqui, cheio de informação e muito bem elaborado!
deixo um grande abraço.
té mais
ó, não sei se você já conhece, mas eu tava vendo um blog esses dias cheio de fotos que eu sinto que tem algo a ver com o que você ilustra os textos aqui, é esse aqui:
ResponderExcluirhttp://vintage-rama.blogspot.com.br/
de qualquer maneira, achei tão genial. ^^
;* querido.
Gosto muito de filmes que tratam dessa difícil temática familiar - e de quado voltamos para a casa dos pais, em busca de um recomeço que se inicia desesperançado.
ResponderExcluirGirls é uma série que há muito quero assistir. Falta só arranjar tempo.
Abraços.
Grato pelo comentário, e parabéns pelo blog, gostei da forma como elabora teus textos. Abraço.
ResponderExcluirTenho uma relação de amor e ódio com esse filme. Mas acabei dando 4 estrelas, porque ele me fez ficar pensando por um tempo. Já a série eu adorei.
ResponderExcluirNossa, uma artista multifacetada! haha... E fiquei com muita vontade de assistir... Vou colocar em minha lista! Abraço!
ResponderExcluirsim sim, hugo. vale muito a pena. :)
ExcluirO filme não me agradou muito. Achei que ficou um pouco intectualizado demais. E é preciso ter cuidado com isso para não soar pretensioso. Afinal, ela não é Woody Allen. E olha que só gosto dos filmes em que ele não está atuando. Mas, enfim, vale a pena ser visto com certeza.
ResponderExcluirBjos
Fiquei curioso! E obrigado pela visita ,DDD
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