A
alegria não poderia ser maior em plena sexta-feira fatídica, quando finalmente
pude ter em mãos o primeiro livro do dearest
Clodie Vasli. Foi o maior presente que pude receber nestes dias tão
ensolarados, repletos de tensão – aquela vibe recompensa do cotidiano que de vez em quando te sufoca e não deixa
respirar.
Mas
eis que me deparo com um embrulho que me enche de emoção. A expectativa de
receber diretamente de Nottingham, na Inglaterra, os escritos de um grande
amigo. Clodie é o que eu poderia descrever em simples palavras de extrema cumplicidade
(mas com sentimentos genuínos) como um grande talento. Ele é coragem, é
sabedoria que supera a banalidade de nossos dias. É mais que um orgulho
tê-lo como amigo-talento, mesmo com a nossa distância de corpos: ele na Europa
e eu no meu mundinho.
De Passagem é
nome do livro. Trata-se de uma coletânea de crônicas, contos e fragmentos
publicados em jornais, revistas e sites da internet. Foram escritos entre 2002
e 2012 em Porto Alegre, São Paulo e Londres.
Com o livro em mãos, não pude resistir e o li de uma vez só. A emoção foi tão grande que logo no primeiro texto, A Carta, não pude conter as lágrimas. Mas o que se torna mais válido na literatura de Clodie é a simplicidade que em momento algum se torna frívola. Ele é conciso, direto, não perde tempo, e por trás de cada palavra há a vastidão de ideias e sensações que poucos são capazes de transmitir.
De hoje em diante encaro o livro como um amuleto da sorte. Sempre o carregarei comigo na bolsa como uma espécie de guru da modernidade. A verdade é que essa obra é um leque de sensações que nos acompanham no decorrer da vida, e mesmo vítima do mundo e de suas pedras, Clodie jamais se rende. Suas palavras atraem conforto, uma sensação de autoajuda transmutada num piece of work vasto.
De Passagem
nada mais é que a exuberância que faltava em 2013. É incrível, mas como se não
bastasse, o livro vem embalado carinhosamente com colagens. É obra de arte
versus obra de arte versus obra de arte. Nessa delicadeza também gráfica,
Clodie consegue transformar o livro numa extensão nós. O meu, por exemplo, veio
com a Kate Moss estampada em papel de presente arrancado de uma revista de
moda. Além da lindíssima dedicatória, ganhei um cartão-postal da Vírginia Woolf como
plus.
Mais
uma vez eu me rendi à amizade, ao talento, ao senso de cumplicidade que nenhum
dinheiro pode comprar. O mais bonito é saber que eles, o livro e o autor, fazem
parte da minha história – e nós somos combustíveis para tanta inspiração.
* * *
Você
pode comprar o livro em dólar (já que a editora é de fora) aqui. Ou se
prefereir, pode entrar em contato com o próprio autor e adquirir um exemplar
por um preço bem mais em conta aqui.
mas isso foi quase um publipost! rs!
ResponderExcluiradorei a sua dedicação em escrever sobre a obra do seu amigo, e fiquei curioséeerrima sobre a embalagem. como assim colagens? eu adorei essa idéia!
boa sorte ao seu amigo, ser escritor nesse mundo não é fácil, mas ele começou bem: publicando um livro!
xox
uma indicação sua é quase uma ordem. já entrou na minha wishlist <3
ResponderExcluir;*
A relação entre leitor e livro, quando possui tamanha cumplicidade, é como uma nova obra de arte. E brindada pela amizade, então, é um obra das mais belas.
ResponderExcluirGosto muito de contos. As vezes me mais que de um romance.
ResponderExcluirSei como é essa expectativa toda por causa de um livro. Uma delícia.
Deu muita vontade de ler.
ResponderExcluirAbraço
onde e como conseguir o livro?
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