16.12.12

desabrochamos contra o caos de nós mesmos em busca de uma glória tão íntima (que possa ser lapidada).

Eu me pergunto. Ah, como eu me pergunto. Mas às vezes não me ouço, não reflito sobre as pedras, a construção que se desmorona. Aos domingos meu coração paira num limbo entre o fogo e a desorganização dos objetos sobre a mesa, o quarto que me espreita quando quem amo ou odeio se manifesta num pensamento. Mas o resumo da ópera é que a vida não é fácil. Impossível não utilizar os clichês que afirmam que tudo é luta, que o ser humano é também a pior das espécies. E enquanto isso todos nós acordamos, tentamos desvendar o vazio. Desabrochamos contra o caos de nós mesmos em busca de uma glória tão íntima (que possa ser lapidada). E assim cada amor guardado no peito se resume ao luxo de ser quem você é diante do mundo. Aí imagino pequenas vitórias e alegrias guardadas na manga. O recomeço. O sorriso que não mente.

10 comentários:

  1. ser você mesmo diante do mundo é difícil,suponho.

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  2. aí imagino alguma manga pra guardar pequenas vitórias. tá foda, "a vida não é fácil".

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  3. a vida não é fácil e nem injusta :/
    mas isso torna as coisas mais divertidas... de vez em quando.

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  4. Quando desabrochamos diante de nós mesmos, pode ter certeza que haverá uma glória puramente íntima que irá lapidar o olhar de tudo aquilo que pensávamos enxergar.

    Bjos!

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  5. É preciso ser quem é e não deixar que o mundo te enfraqueça por isso. Sem riscos não vamos a lugar algum.

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  6. incrível como todos vocês, meus queridos, dão o feedback que eu preciso ouvir. é como se vocês complementassem o texto com os comentários.

    beijo beijo beijo.

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  7. Eita, atualização! E eu perdido pelos clichês da vida que, concordo, não tá fácil. Excelente texto! Abraço.

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  8. e tudo que se desmorona aos domingos...

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  9. Me pergunto todos os dias pra onde vão todas as minhas reflexões. Encho a boca pra dizer que não sou alguém iludido, que sei de todas as coisas que se passam comigo... e continuo deixando-as passar.

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