Realidade macabra: estar puto 24 horas por dia, não dormir suficientemente bem minhas míseras 5 horas diárias, engordar 4kg, exagerar na bebida em plena segunda, terça, quarta etc. Trabalhar com pessoas e me irritar com as barbaridades em profusão que ouço, vejo, sinto, respiro e me enojo todos os dias: reclamações, crises de ego, carências, desequilíbrios emocionais – aquelas pessoas que sentem prazer em infernizar a existência alheia como se fossem os seres humanos mais merecedores de atenção na face da terra. Como se não bastasse, um cachorro foi atropelado por um ônibus em altíssima velocidade diante dos meus olhos. Por sorte, o pobre do animal cambaleou mas saiu vivo, grunhindo – e eu a única pessoa a me aterrorizar com a cena, enquanto quem estava por perto fingiu não se importar. Cadê o pingo de sensibilidade dessas pessoas, meu Deus? E todo mundo continua furando fila, sujando as ruas, matando e morrendo com nada. É a falta de educação e sensatez de um país chamado Brasil, pois não importa se você mora em São Paulo ou nos confins do Piauí, estamos todos no mesmo barco, baby, afinal Copacabana não é Sunset Boulevard, nem a Oscar Freire é a Fifth Avenue. Quisera eu ser dançarina de axé e descer até o chão, as coisas seriam bem mais fáceis. Acreditem, hoje foi o dia em que o maior número de pessoas resolveu atormentar a minha paciência, incluindo um senhor português no qual eu tinha que soletrar palavra por palavra para que ele me compreendesse. Sem comentários. A verdade é que eu tenho as minhas neuroses, traumas, obsessões e não projeto minhas incertezas nos outros. FIM! Ou melhor, é aí que a revolta continua.
Te cuida amigo. A coisa pode estar preta, mas tu tens capacidade de ver, pensar e agir e isso é o que te torna diferente desse mundo que pisa e caminha indiferente ao sofrimento das pessoas ou dos animais.
ResponderExcluirCertas manhãs acordamos sem paciência e voltados do avesso. Por nada explodimos e acabamos por tornar a vida daqueles que mais nos amam bastante dura e amarga.
Sê delicado e atencioso para todos e arranja doses de paciência para explicares muitas vezes as mesmas coisas...
Os teus gestos de boa vontade acabarão por voltar para ti e acabarás tendo os teus dias mais bonitos, simpáticos e divertidos....
Pára, pensa e depois age com lucidez e muita delicadeza.
O fim é só o começo, meu caro.
ResponderExcluirDesistir da humanidade é impossível, aceitar também é bem difícil.
Sentar e esperar ou fingir que não vê os cães atropelados pelos caminhões da vida?
É o que eu me pergunto todos os dias. E nessas horas, nem o eurodance salva.
O mundo tá mesmo de ponta cabeça. Eu sou dessas que fica triste mesmo com essas coisas, de ver que a coisa ta desandando dia após dia e ninguem ta vendo, ou ta fingindo não ver. Nem me atrevo a perguntar o que falta acontecer, porque né, dá zica.
ResponderExcluiras vezes me pergunto: quando começou? quando as pessoas se tornaram tão egoístas e egocêntricas, foi sempre assim? o que eu sinto mais falta era quando me perguntavam como eu estava, olhando diretamente para mim, não fazendo mais nada. o que me conforta é saber das exceções, das pessoas que fazem o cotidiano valer a pena, são tão raras, mas estão ali.
ResponderExcluirAs pessoas não se importam por que é mais fácil seguir a vida sem se importar com as coisas...
ResponderExcluirO mundo está precisando mesmo é de gente que se importe, de gente que se revolte, que tenha sede de mudança!
Mas nesse momento eu desejo que seu coração se aquiete e você tenha um ótimo final de semana! :)
Beijinho!
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Dias ruins, pensamentos ruins, mas se olhar pro outro lado pode se surpreender..
ResponderExcluirTem dias, como esse que você relatou nos faz enlouquecer de vez, e em todos os outros, enlouquecemos aos poucos. Sei como é se sentir assim, vendo tudo acontecer ao redor, importar... e todas as pessoas nem aí.
ResponderExcluirPassando pela primeira vez e já me identificando com o primeiro texto com o qual deparo. A revolta já deixou de ser uma ação e tornou-se um estado daqueles que tentam manter-se longe da alienação e dessa vida plastificada. Belo texto.
ResponderExcluirtbm sou dessas que engorda durante a raiva ou a tristeza. Tbm sou dessas que ainda se aterrorizam com algumas cenas. Hj mesmo estava reclamando de dinheiro (da falta dele) pro namorado e logo depois tinha uma senhora de uns 90 anos pedindo esmola no sinal. Eu tinha uma nota de $5 na mão, de um troco q eu tinha acabado de receber e ainda nem tinha guardado de volta na bolsa. Claro que abri o vidro e dei. Namorado me não falou nada, mas me fez aquela cara de 'depois não sabe pra onde vai seu dinheiro...'. Oras, meu problema de dinheiro não são poucos reais. 5 com certeza faria uma diferença pra sra e quase nenhuma falta pra mim. Segundo q ninguém merece mendigar aos 90 anos. Ninguém. Nem Hitler. O que eu dei foi nada comparado ao que eu deveria dar a ela.. mas.. fazeroque. Não posso salvar o mundo, não consigo nem salvar a mim mesma. O problema não tá no Brasil, tá na humanidade... tá foda.
ResponderExcluirmuito bonita a sua atitude, Natália. :) e realmente o problema está na humanidade. ;~
Excluirmas não se precisa ser dançarina de axé, ou mesmo assistir aos musicais do west end, a questão está na nossa mente, em nossas mentes; uma solução, talvez, não perder as esperanças, ou quem sabe, achar duas moedas de um centavo num dia e uma de dois centavos de euro 7 dias depois
ResponderExcluirAh meu querido, as pessoas já não tem mais um coração, é apenas um orgão responsavel pela ciirculação de sangue no corpo. Ninguém pensa nos outros, só em si mesmo. É o fim da humanidade. Ninguém quer mais casar, ninguém quer mais ser gentil, ninguém quer mais dizer "Bom Dia". E nós, nesse meio turbulento.
ResponderExcluirbjoo. Supere. É sua única opção.
Olá, Antônio!
ResponderExcluirMuito obrigada pelo elogio!
Fiquei super feliz, mesmo!
E, só por curiosidade, como me achou?
Lerei seus textos e vou favoritar o blog nos meus links, pra visitar sempre também ^^
Beijos!
'Quisera eu ser dançarina de axé e descer até o chão, as coisas seriam bem mais fáceis.' - é isso que eu quero sempre pra mim. quisera eu ter a alienação de um domingo todo dia.
ResponderExcluirE a regra é essa mesmo: enlouquecer de vez. Pior! Enlouquecer um dia de cada vez. Cada manhã, cada tarde, cada noite e porque não as madrugadas também. Quem vive na alienação tem sorte ou azar? Nunca soube bem. Talvez sorte por não se importarem se não com o programa de Tv que vai passar a menina que posou pelada e que era do BBB. Se pelo menos os alienados se importassem com seu próprio umbigo, enfim... Revolta é que nós sentimos todos os dias. Eu pelo menos sinto. Pelo menos nas últimas quatro semanas. Mais sorte para nós. Merecemos, afinal pagamos nossas contas em dias, não cobiçamos a mulher alheia, não levantamos falso testemunho e amamos ao próximo (não não são essas as regras? O jogo é esse mesmo?). Mas no fim, quem se importa mesmo com o que passamos e o que vivemos e sentimos a não ser nós mesmos?
ResponderExcluirÉ Antonio, parece que o trabalho tá dureza. Eu sei que é difícil, mas algumas vezes é mais importante tentar focar nas coisas boas, tentar lembrar mais das pessoas gentis dos que daquelas que são grosseiras com a gente.
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